quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Só Assim"


Já não sei mais o que quero
Não sei mais o que fazer...
... as coisas não fazem sentido
Não consigo me satisfazer.

Aí tem vez que me pego mentindo
e como não sei mentir
(...) disfarço
e digo a verdade sorrindo...
O que é que eu faço?

(...)

Com meu estado no “feudo”
Esta minha solidão tão “querida”
Por que não há um “pseudo”?
Qual a porra do sentido da vida?

(desculpe o palavrão
... não quero confusão!)

(...)

Ainda me lembro de ontem,
Quase Igual (...)

E as risadas me vêem ao rosto
num momento de alegria...
... já nos instantes fora do meu gosto
nenhuma lágrima escorreria.

Mesmo com a mente turbulenta
daquele jeito que ninguém aguenta

Com os ouvidos “quase virgens” de paixão
adoro e quase amo a solidão...
Bom é que to botando tudo pra fora...
... só assim... minha alma chora.


Robson Camargo
(escrito em 31/05/2012)

"Duvidas... Certo... Errado..."


Duvidas são um tanto importante...
Porém não seja tão indeciso...tente...
...descubra, sua mente também é pensante.
Lembre de sua inteligência, mas não invente,
Não tente fazer o que não sabes,
não crie expectativas talvez impossíveis,
aproveite todas as ajudas, serias ou sensíveis,
carentes ou contentes, são ajudas pra mente.


Ah! Dentro de nós está o mais importante,
o difícil é encontrar no coração o que se sente,
mas é a busca que eu acho mais interessante,
confio mais no que sinto do que no que penso,
me sinto mais à vontade com meus sentimentos,
o certo e o errado são bem fácil de se discernir,
é certo que às vezes deixamos o certo dormir...
... é importante ser homem, humano, mulher ou
androide, para isso assumir.

Robson Camargo
(escrito em 16/03/2003)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Vai e Vem"

Aqui neste vai e vem
todo tipo de gente tem


Tem gente que vem treinar,
gente atrás de diversão,
tem o cara que vem jogar
e o que só vem buscar o irmão


Tem os que vem comer,
alguns vem só pra ler
pequenos que vem brincar
e grandões que vem dançar


Tem os cantores... os atores
também pessoas de outras cidades
tem sempre, é claro, os servidores
visitas de escolas e entidades


Tem os "gigantes" curumins
e o pessoal do Mesa Brasil,
tem os curiosos e os "afins",
o mal humorado e o gentil...


Aqui no Sesc de tudo tem
todo tipo de gente vem,
é um entra e sai danado
que deixo aqui em versos registrado


Ah! E já ia me esquecendo...
do doutor, da RCA, dos seguranças e da ‘odonto’
e pra você que está lendo,
agora sim... ficou pronto!




Robson Camargo
(escrito em outubro de 2011) 

"Sobre-Vivência"


O Brasil fez aniversário...
...quinhentos anos de pura hipocrisia,
quase nada se faz com o mínimo... o salário
e o povo comemora de barriga vazia.
Caridades até que são feitas...
por alguns ricos de espírito, claro, almas boas,
enquanto os outros ricos, das várias colheitas,
não querem nem saber das outras pessoas.


É, nesse país dinheiro... quem tem, tem,
quem não tem fica sem.
Mas o povo vai em frente...
suando quase se matando para ter o que comer,
nesse mundo um tanto carente...
em que crianças pobres sonham um dia aprender,
estudar, correr, brincar com segurança nas ruas,
sem bandidos ou metidos para lhes atrapalhar,
e a policia os estapeia por nada... que leis são essas suas?
Leis que impedem a gente até de trabalhar,
pois sem licença eu não posso vender meus artesanatos,
e outro ambulante não sobrevive mais das pipocas,
então começa a fazer coisas de homens insensatos
vira ladrão, assassino, cafetão... coisas dessas épocas.


Agora quase século 21, quem quer saber?
Afora os homens fazem tudo ao contrário,
Impedem uns aos outros até de viver...
...às vezes faz do próprio irmão um otário,
mas o pior são aqueles do dinheiro hereditário,
acham que a vida é um filme... será que tudo acabará bem?
Tomara que eles saibam que um crime é julgado após a morte também.
Nesse nosso mundo tão insatisfatório, vejo de tudo.
Desde a pobre senhora negra, que benze de graça,
até o mais contraditório... para o nariz, o pó pelo canudo,
e o velhinho ilusório, falando sozinho na praça.


Quando eu cheguei por aqui eu só queria viver,
Mas não consegui, vejo que tenho é muita sorte,
Com tudo isso errado, eu ainda consigo sobreviver...
passando dia após dia ralando... será que até a morte?
Só sei que todo esse mundo é muito burro,
pense... se todos vivessem no óbvio, tudo seria perfeito.
Contudo minhas escritas são para o mundo um simples sussurro,
pois escritas desse tipo não fazem muito efeito...




Robson Camargo
(escrito em 13/12/2000 - Aniversário de 500 anos do Brasil)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Aviso para o amanhã"


Os dias passam rápido e nós somos os mesmos,
ou ao menos pensamos ser... somos nós ainda...?
Quem somos nós?


Vivemos sempre buscando o que queremos... algo a mais,
sentimos medo, alegrias, e tristezas por todos os dias de nossas vidas.


Conseguimos então alguma coisa qualquer...

...e logo a alegria de ter aquilo se vai por completo.
Vezes, perdemos o conquistado, vezes conquistamos algo maior,
mas na maioria das vezes o conquistado perde o valor.


Nós, seres humanos não sabemos conservar nossas conquistas,
(salvo raras exceções)
pensando cada vez mais alto e mais alto tentam buscar o mais alto...
... o mais caro, o mais bonito, o maior, o melhor enfim... (normal...!?!).
Esquecendo o valor daquilo que demoraram tanto para conquistar...
Visando apenas o TER se esquecem do SER...
... esquecendo que somos nós, somente com nossa capacidade de amar,
que podemos garantir um futuro melhor... para nós mesmos (é claro).
Isso é o ciclo da vida...
...temos que ter a consciência de que o futuro pertence a nós,
mas que ele também depende de nós e estará sempre no mesmo lugar.
O amanhã será o hoje em poucos instantes e nós não sabemos se ainda estaremos lá.
Se esquecermos de viver o que gostamos,
se deixarmos para depois a exposição dos nossos sentimentos...
... se nos privarmos de dizer as pessoas o quanto às amamos...
podemos perder tudo isso dentro dos nossos próprios pensamentos.
Por isso... amanhã aviso que:


Quem não dá valor, pra qualquer coisa...
... pode um dia perder alguma coisa
(de que muito gosta hoje).
Então não conseguirá mais voltar ao ontem...
... nem ao menos para o amor.

Robson Camargo
(escrito em 13/11/2005)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

“...a gente no meio”



Mundo pequeno,
cheio de veneno,
cheio de glórias...
... de histórias.

Mundo vazio,
vadio...
... cheio de vaidade,
cheio de verdade...
... ou não?
Que confusão!

Mundo louco,
tem de tudo...
... um pouco,
cego, surdo e mudo...

Cheio de lixo,
sem capricho,
é o mundo cheio
e a gente no meio...



Robson Camargo
(escrito em 24/05/2012)






quinta-feira, 24 de maio de 2012

"Lembra de mim"

_Lembra de mim...
... ao comer uma fruta gostosa,
apreciar um belo pôr do sol,
sentir o odor de uma flor cheirosa,
e ver na calçada o lindo rouxinol.

_Lembra de mim...
... quando ver a mata sendo queimada,
presenciar a dor que faz a fome,
saber que cinco mil árvores foram cortadas,
e pensar que o único culpado é o homem.

_Lembra de mim...
... ao pegar uma bela onda no mar,
molhar-se inteirinho com a água da chuva,
os uivos de o vento escutar,
bebendo um vinho da mais pura uva.

_Lembra de mim...
... vendo o caos que o óleo leva ao mar,
na “TV” ver o lixo acabar com tudo,
saber que rios foram sujos até se acabar,
e com tudo isso... tu ainda fica mudo.

_Lembra de mim...
... e cuida muito bem de mim,
cuide de minha pureza, minha vida e beleza,
não quero mais ter de me expressar assim,
lembra que tu não vives sem mim... a Natureza


Robson Camargo
(escrito em 20/06/2003)

"Aquele Cara"

Poeta as escondidas, mesmo estando em vias públicas...
(à beira Mar, na praia)

Fala de amor e também das feridas,
fala de si, fala da vida...

Fala da guerra...
(ahhhhhhhh) nessa hora ele berra!

Fala de dor e de tristeza,
fala de todas as impurezas.

Ele mesmo, nem curte suas escritas,
mas algumas ele divide,
porém ele tem suas favoritas,
essas sempre são divididas.

Não quer que “alguns” vejam “algumas”
Não se recorda de "outras",
e sempre tem aquelas "únicas"
sem falar daquelas "rasgadas"...

Não quer ser profeta nem guru,
não quer ser herói nem coitado...

Ele que ser apenas aquele cara que
escreveu um dia uma poesia... e você lembrou...


Robson Camargo
(escrito em 04/12/2005)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Precisão"

Preciso de um tempo...
... de um tempo novo
Acho que já não agüento
mais comer “pão com ovo”.
 
Preciso do silêncio,
do vazio...
...preciso do nada,
daquele momento vadio,
daquela hora chapada.

Preciso de um pouco de solidão,
esvaziar o coração...
quero a inércia... parar e ficar...
Preciso me encontrar,
comigo... o eu... amigo...
Sem me preocupar
ou ter noção de qualquer perigo.

Preciso me jogar na estrada
ou só parar num lugar,
sem saber de nada,
sem sequer precisar pensar...

Preciso me encontrar com a paz,
alguns momentos de... “tanto faz”.


Robson Camargo
(escrito em 05/05/2012)