"Oração natural"

Obrigado, Sol por me iluminar...
... como ilumina o Dia.

Obrigado a Lua por me dar a Paz...
... seus sorrisos e sua Luz.

Obrigado aos Céu que me vigia...
... como vigia a Vida.

Obrigado a Terra que me dá energia...
... e também cura feridas.

Obrigado ao Vento que leva a tristeza e a dor...
... traz sempre alegria e Amor.

Obrigado ao Mar que nos banha de água protetora...
... a cachoeira que nos purifica...
... obrigado aos rios que nos dão peixes,
e as Chuvas nos banham de Água sagrada.

Que a Vida seja sempre bela...
... que a Morte chegue na hora certa...
... que os anjos nos protejam...
... que os animais nos façam companhia...
... que as crianças não sintam fome.

Que os seres humanos se preocupem uns com os outros e encontrem a evolução...

Poderes da Natureza, são pra mim e para ti também!
Poderes da Natureza, levem o mal, tragam o bem!!

Obrigado!

Robson Camargo
(escrito em 18/11/2003)

"Soneto de passagem"

Bom dia, passarinho
bem-vindo à faculdade...
... coma, e saia de mancinho,
aqui é a cidade...

Obrigado por passar
e trazer alegria
quando a gente voltar
que comece assim o dia...

Nem precisa tu cantar,
já será inspirador
apenas o seu voar
e prum dia encantador...
... basta tu passar.

Tchau, amigo... siga seu caminho...
e tenha um bom dia, passarinho!


Robson Camargo
(escrito em 28/06/2012)


... fui fazer a prova de vestibular na UNIP e enquanto esperava me chamarem fui tomar um café na pça. de alimentação fa facul... um passarinho invadiu e de mesa em mesa foi ciscando a comer... e eu ciscando a escrever... Só faltou uma máquina para tirar uma foto dele...

...

“Cheio de nada”

Sentimentos correm

do peito cheio,

lagrimas escorrem

o vazio que veio...

Vazio bem cheio...

... de esperanças,

amor no meio

e boas lembranças...

Falta calor, 

mas sem pavor...

um pouco carente,

mas contente...

Vazio gostoso

cheio de vivência,

se ocioso...

... paciência

Dói,

mas não destrói...

... é tristeza e alegria

virando nostalgia...

Mente lotada

cheia de nada

é, na verdade...

... só a Saudade.

Robson Camargo

(escrito em 27/06/2012)

"Voador"

Pássaro lindo,
todos amam essa ave.
Vive no mundo... indo e vindo...

Solto, como tem de ser,
voador é o pássaro querido
sempre volta para ver os amigos.

Vôos inusitados ele vive
e não tem medo de cair...
sempre alegre e cantante
sem falar do sorriso constante...

Falo sério ao dizer que o amo
seria impossível não o sentir...

Ele sabe que sempre estarei lá
para sorrir ou chorar com ele...
Queria voar e acompanhar,
mas faltam asas ou um convite...
Enquanto isso...
... eu vivo.... esperando que ele me visite.


Robson Camargo
(escrito em 20/06/2012)

"Mensagem da lua"

Assim que a lua cheia apareceu,
vi seu lindo rosto dentro dela...
... ninguém podia ama-la mais que eu,
ao olhar d’novo... sumiu... onde foi ela?

De repente a lua começou a minguar,
meu coração apertou, sentira algo ruim.
Ela se foi e a lua estava indo... o que pensar?
Será que aquela visão era uma mensagem pra mim?

Logo o céu ficou totalmente escuro...
... só se via estrelas e o resto sumiu.
Contudo eu me sentia um pouco mais puro,
uma paz me veio à alma e um sorriso se abriu.

No céu, a lua crescia... sorridente...
... parecia um cílio lá em cima,
a paz que eu sentira se tornou mais ardente...
... esqueci todo o resto diante daquele clima.

A lua só estava me ensinando esquecer,
me fazendo sentir o que eu nunca quis ver.


Robson Camargo
(escrito em 07/07/2003)

"Pensamento Humano"

Mundo é do mal,
mas eu te garanto, sou legal!

Já deveríamos saber
que enquanto existir humano
será difícil de viver...
... porque o humano é tirano
até meio insano...

O problema é um só...
... o ser humano pensa.
Que dó!
Ele faz a vida ser tensa,
só não pensa...
... no fim,
no Mundo acabando,
simples assim
é o ser humano pensando...

Robson Camargo

(escrito em 22/06/2012)

"Aconteceu"

1ª vez que usei prótese

Sorocaba, uma cidade que nem conheci,
mas me deu o prazer de seu interior...
... uma garota, das mais lindas que eu já vi,
conheci, mas do seu beijo não senti o sabor.

De maneira trágica conheci muitas pessoas,
descobri coisas raras, vi alegrias e tristezas...
... pessoas mágicas, de almas muito boas,
algumas tão pacatas que até escondem sua beleza,

É claro que ruindade existe em todos os lugares,
mas por aqui parece que é bem pouquinho.
Nesse hospital tem gente de todos os ares,
Salto, São Roque, Tietê, Conchas, e até Cerquilho...
... onde foi meu acidente, que nem gosto de lembrar,
não é fácil falar que segurei meus pés pendurados,
e agora preciso de forças para conseguir continuar.

Me comparando com pacientes dos quartos aos lados,
coisas bem piores estou vendo acontecer... bem triste,
um vai embora, quase pronto para outra...
... outro alimenta uma esperança que não existe.

O que podemos fazer diante do já feito?
Vou embora em poucos dias levando tudo comigo,
no coração e na mente, não gosto, mas aceito...
... momentos que eu não gostaria que se passassem contigo!


Robson Camargo
(escrito 10/03/2003 no Hospital Regional de Sorocaba, sete dias após acidente...)

"Duelo feliz"

As coisas mais comuns hoje são lágrimas,
as menos comuns infelizmente são o amor e a paz...
... estamos presos, sentimos a dor das algemas e lástimas,
sentimos o ódio da guerra que aqui se faz.

Não sabemos mais parar essa maldade...
... que toma conta do mundo em busca do material,
sendo assim, em todos os países, estados e cidades
vai regredindo pouco a pouco nosso espiritual.

Vamos fazer amizade com a vida e viver!
Vamos duelar com o mal e fazê-lo morrer!

Se a maldade acabar não mais existirão duelos,
conseguiremos assim o que a gente sempre quis,
conseguiremos enfim manter os nossos elos,
fazendo do último dos duelos... o único feliz...

Robson Camargo
(escrito em 19/07/2003)

"Releve"

Acordei...
... levantei...
... muito mal eu dormi.

Vi um dia lindo, apesar de chuvoso...
... beleza diferente, como muitas conheci,
é que algo nesse dia me deixava curioso,
por sentir uma sensação estranha... algo ruim,
vaidoso sentimento, sozinho, carente, algo assim...

Nunca na vida sentira coisas anormais,
mas relevei tal fato e sai da cama afinal.
Talvez por isso a carência... por minha natureza,

Não me sentira bonito, nem ao menos normal,
então lembrei de pessoas elogiando minha beleza...
eu não acreditara, só achava um comentário formal.

Sem qualquer restrição saí à varanda fria,
pensei num monte de coisas... nada concreto,
fui pra cozinha... estava com a barriga vazia...
... e com o coração também... isso era bem certo.

Senti que precisava fazer algo para mudar tudo,
pensei... pensei... fui à varanda de novo e me joguei,
eram quatorze andares, todo o tempo fiquei mudo,
quase chegando ao chão... gritei

E acordei!
Levantei assustado, vazio, carente, confuso e com aquela estranha sensação...
Só que agora, acordado... relevei...


Robson Camargo
(escrito em 07/08/2003)

"Senhoras & Senhores"

A Sra. Vida aparece do nada e abre um lindo sorriso...
A dona Lua logo lhe vê...

... um “boa noite” falado e a Lua acena ao seu marido, o Sr. Sol,
este que apenas aguardava um olhar para jogar-lhe um beijo.

Um pouco mais acima o Sra. Morte chora como criança...
lamenta o seu cansaço e tanto trabalho na Guerra...

Ms. Guerra, esta severa como ninguém, apenas lhes dá as costas
e volta para sua aventura...

Diante de tal atitude a Vida, a Lua, o Sol e a Morte se juntam...
E acordam aos gritos o Sr. Mar, ele que dormia após grande tempestade passada.

Rapidamente o Mar se pôs de pé e avistou a Guerra ao longe...
... chegou bem perto e avisou:

_ Ms. Guerra, cuidado ! O Sr. Céu também está lhe vendo.

Robson Camargo
(ecsrito em 18/08/2005)

“Voltas no Ar”

O Vento...
... saiu pra passear
e de tanto pairar
sedento...

... parou no Mar,
sem água,
sem mágoa...
... voltou pro ar.

Lá de cima avista
um brilho no chão,
bem altruísta...
... é o Fogo, seu irmão.

(...)

Arde lá em baixo,
brilha lá em cima,
só que de repente... muda o clima...
Chamas acesas agora,
melhor ir embora...
... então volta pro ar
de novo vai passear...

... o Vento,
sereno ao relento...
... com aquele seu talento
de simplesmente passar.

(...)


Robson Camargo
( escrito em 22/09/2011)

"Nunca mudarei"

Eu sempre serei o que sou,
algo inexplicável que todos conhecem
a maioria nem sabe que em tudo eu estou...
... só me tens de verdade vocês que merecem.

É difícil saber quando sou verdadeiro,
Empenho-me em fazer bem, mas erro também,
você pode fazer com que eu seja passageiro,
sabe bem fingir que me dá para alguém.

Posso ser muitas vezes muito solitário,
porém dividir-me também é possível...
... vezes você faz de mim um otário,
tem para isso vários jeitos... é incrível...

Eu prejudico você nesses casos errados,
pois você deixa que eu vença sua razão...
... então eu e tu ficamos realmente irados,
sem sermos correspondidos ficamos no chão.

Você sempre me terá como quiser,
vou ser o mesmo, nunca mudarei...
... só que, dependo sempre do que fizer,
você escolhe a todo momento como estarei...

Posso trazer-lhe paz, prazer, alegria ou dor,
você sabe, eu posso tudo, afinal... eu sou o Amor.

Robson Camargo

(escrito em 19/04/2003)

“Imagine”

Tem gente feliz na lama,
tem feliz que não sai da cama,

Há o contente que mata,
(o comédia que destrói a mata),
tem o alegre que maltrata
e o risonho que “se abstrata”...

O Sr. Risada mora na rua,
a Dona graça... vive nua...

Tem o feliz que ajuda os outros
(infelizmente estes são poucos)
há sorridente meio loucos,
e hilários normais...

Tu imagina felicidade total?
Imagine!
Provavelmente não imaginei igual...
... nunca vi tal cena,
mas imaginei felicidade plena.

Um dia até cheguei a pensar:
“O impossível é o que não se pode imaginar...”
Por isso não fico triste,
afinal o impossível não existe...
... a não ser que eu desiste!


Robson Camargo
(escrito em 01/06/2012)

"Revoltado"

O mar não pára nunca de ir em frente.
As ondas, seus seres e as águas fazem a corrente...
... é bonito de ver, importante ouvir,
as experiências de algo que sempre irá existir.

O homem não pára nunca de ir em frente,
o materialismo, a ganância e suas atitudes fazem a corrente,
é horrível de ver, importante saber,
pois os erros humanos a gente sempre vai ver.

O mar também expressa sua fúria,
matando pessoas inocentes... INOCENTES?

Quem vai saber?
E o mar, tão maltratado, agora culpado vai ser.

O homem, ser humano, não sabe o que faz
apenas tem sonhos e fariam qualquer merda,
mas se esquecem de um detalhe... o fedor da merda.

Quanta vida há no mar...
Talvez seres que nunca vamos ver,

(menos mal)
com algumas riquezas ninguém pode lucrar...


Quanta vida há ... no... no... na....
Qual é mesmo o nome de nosso habitat?
Cada um tem o seu por aqui... infelizmente...

O que é isso...?
Eu sou de lá, tu é daqui... como vivemos assim?
Nossa! Olha só que estranho...
O ser humano está se matando...
Vamos ver o que vai dar? Ou tentar mudar...??

Robson Camargo
(escrito em 09/01/05)