terça-feira, 3 de julho de 2012

"A morte chega de repente"

O tempo passa bem lentamente,
a vida se encarrega de passar também...
... até que a morte chegue... de repente.

As pessoas sofrem muito por coisas pequenas,
por falta de dinheiro, de emprego, de amor,
coisas comuns, coisas da vida apenas...
... as pessoas sofrem sem sentir dor.
Elas se preocupam muito com o futuro,
lembram-se de como eram no passado...
... olham muito para traz... passado duro.

Será que já pensaram em falar com as flores?
Sei lá... tomar banho de chuva sem se preocupar em pegar uma gripe, acampar sem pensar nos perigos do mato, fazer uma trilha sem pensar nos mosquitos, ver um por do sol lá do alto do morro sem olhar no relógio, nadar de madrugada no mar e compartilhar alegrias e tristezas com ele, varar a madrugada conversando com os amigos só pra ver o sol nascer e ir dormir logo depois perdendo assim o resto do dia, beber uma garrafa inteira de vinho deitado na cama sozinho só pelo prazer de dormir bêbado vendo tudo girar, subir peladão numa arvore fumar um baseado e dormir em cima dela até acordar quase caindo, sair andando sem rumo falando sozinho e cantando bem alto sem se preocupar com o que os outros irão pensar, invadir a casa do visinho pra roubar umas goiabas do pé ou até gritar pela janela dezenas de palavrões (sem insultar ninguém) só pra se sentir melhor... sei lá...
...qualquer coisa, tipo, mil coisas entende?

As pessoas se preocupam demais com problemas banais, correm atrás do que não podem, querem o que não podem ter, choram por não ter dinheiro para ir a balada ou por perderem um capitulo da novela... sem olhar do lado e ver que existem coisas muito piores...
... lembram do passado, se preocupam com o futuro e se esquecem de viver o seu presente.

Não quero dizer para não se preocuparem com nada, mas para não se preocuparem com tudo.
Essas pessoas têm que parar para refletir, pensar que podem viver um pouco mais as coisas boas da vida... se preocupar com o futuro... sim, mas com otimismo, lembrar das coisas boas do passado...
... viver esse presente loucamente.

Sabem... o tempo passa bem lentamente,
mas a morte sempre chega de repente... então...
... que tal vivermos a vida para morrermos contentes?


Robson Camargo
(escrito em 28/11/2003)

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